A Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud, foi criada por António de Sommer Champalimaud no seu testamento, sendo uma pessoa coletiva de direito privado e utilidade pública que se rege pelos estatutos publicados em Diário da República de 21 de janeiro de 2005 e pela Lei Portuguesa.
A Fundação Champalimaud faz investigação em áreas de ponta e tem como prioridade estimular descobertas que beneficiem as pessoas, bem como patrocinar novos padrões de conhecimento.
É no Centro Champalimaud, em Lisboa, que desenvolve a sua atividade nas áreas das neurociências e do cancro, através de programas de investigação e da prestação de serviços clínicos de excelência, levando também a cabo, fora de portas, um programa de luta contra a cegueira.
Para prosseguir os seus objetivos de concretizar avanços científicos significativos, a Fundação Champalimaud adota a metodologia translacional, que estabelece uma ligação direta e de interdependência entre a investigação básica e a atividade clínica. Este é um dos seus princípios de atuação basilares e em que faz assentar a sua diferenciação.
Em última análise, o que pretende é promover a saúde e bem-estar da humanidade, procurando intervir ativamente na procura de soluções que aliviem o peso que a doença tem nas sociedades e no indivíduo.
A Fundação Champalimaud (FC) é uma organização privada sem fins lucrativos, fundada em 2005 e dedicada ao desenvolvimento de programas avançados de investigação biomédicas e à prestação interdisciplinar de cuidados clínicos. Através da sua atuação, a Fundação pretende ser líder mundial na inovação científica e tecnológica com o objetivo último de prevenir, diagnosticar e tratar a doença, orientada por uma postura de desafio constante e contribuindo para uma sociedade mais desperta para os problemas de saúde que atingem a humanidade.
Concluído em 2010, o Centro Champalimaud (CCU) é um centro de última geração dedicado à investigação básica e translacional bem como ao diagnóstico e tratamento de doenças, desde distúrbios neurológicos ao cancro. Englobando o Centro Clínico Champalimaud (CCC) e a Champalimaud Research (CR) com os seus três programas de investigação - o Programa Champalimaud de Neurociência (CNP), o Programa de Fisiologia e Cancro (PCP) e o Programa de Investigação Clínica Experimental (ECR) -, a Fundação Champalimaud oferece um ambiente único para a realização de investigação de vanguarda, destinada a revelar novos conhecimentos e desenvolver soluções científicas para problemas médicos.
As equipas multidisciplinares do Centro Clínico Champalimaud (CCC) centram a sua atividade na manutenção de uma medicina fortemente personalizada, centrada no doente e de índole multidisciplinar, seguindo padrões de excelência e sempre na perspetiva da investigação científica e da transferência rápida para a clínica de progressos e inovações científicas. É ainda uma preocupação constante respeitar princípios deontológicos e éticos das boas práticas médicas e defesa do bem-estar e qualidade de vida de quem procura o nosso auxílio na doença. Com o aumento progressivo da atividade clínica, têm vindo a consolidar-se linhas de trabalho dos grupos de investigação com forte interação com as áreas de interesse dos grupos clínicos, nomeadamente no domínio da ontogenia e biopatologia da transformação neoplásica e metastização, da imunofisiologia do cancro e da resposta terapêutica a modalidades diversas de imunoterapia.
O CCC conta com mais de 600 profissionais, incluindo 138 médicos, organizados em sete unidades multidisciplinares de patologias, que têm como principal objetivo disponibilizar todos os conhecimentos e técnicas disponíveis para a prática de uma medicina personalizada e orientada por resultados, direcionada a diferentes tipologias de tumor, incluindo da mama, digestivos, ginecológicos, hemato-oncológicos, pulmão, geniturinários e pele. A avaliação de risco, o diagnóstico precoce da doença e a personalização da terapêutica são as principais preocupações de todas as unidades multidisciplinares para alcançar melhores níveis de eficácia no controlo da doença, sobrevivência e qualidade de vida do doente. Sempre que possível, o corpo clínico do CCC oferece aos doentes a possibilidade de participar em ensaios clínicos ou programas de investigação experimentais voltados para a criação de soluções inovadoras de diagnóstico e tratamento, por meio da Unidade de Investigação Clínica do CCC. Os estudos clínicos realizados são predominantemente na área do cancro (incluindo o cancro de mama, ginecológicos, do pulmão, próstata e rim, digestivos e hemato-oncológicos) e neuropsiquiatria. Nestas áreas, são ainda conduzidos estudos com foco em abordagens de radioterapia, radiologia e medicina nuclear. Com o aumento da atividade clínica e dos projetos de investigação dedicados ao cancro do pâncreas, impulsionados pela abertura do Botton-Champalimaud Pancreatic Cancer Centre, espera-se, no futuro próximo, um aumento significativo do número de estudos clínicos com foco na compreensão e tratamento deste tipo de cancro.
A equipa da Unidade de Investigação Clínica (UIC) conta com onze coordenadores, com os quais foi possível, em 2020, manter ativos diversos ensaios clínicos e prestar colaboração na condução de estudos observacionais já em desenvolvimento desde anos anteriores, assim como outros que tiveram início em 2020. O número de ensaios clínicos farmacológicos que se desenvolveram nas diferentes áreas da patologia oncológica foi de 37, enquanto os estudos clínicos de observação foram 43. O número total de doentes recrutados para os ensaios clínicos em curso foi de 348, dos quais 24 estão em tratamento ativo. Os estudos observacionais envolveram um universo de 1865 doentes
O CCC conta ainda com um Gabinete do Doente Internacional, estrutura criada em 2016 para apoiar os doentes estrangeiros que recorrem à Fundação Champalimaud, tendo até ao momento acompanhado mais de 400 doentes provenientes de 38 países.